Sendo um evento que une ciência, cultura e lazer, a edição de 2023 trouxe muita música e cor para o campus da UFRRJ em Seropédica ao longo da última semana. Essa que é a maior ação de extensão da história da universidade, ofereceu mais de 80 cursos gratuitos, subdivididos em áreas como agroecologia, gestão financeira, medicina veterinária, meio ambiente, processamento de alimentos, produção animal e produção vegetal. Confira a seguir alguns dos cursos ofertados. 

Palestra sobre manejo de rebanhos com cães de pastoreio une estudantes e público externo no IA 

A terça-feira (11) da Semana Rural 2023 foi marcada pela palestra sobre o manejo de rebanhos com cães de pastoreio no Instituto de Agronomia (IA). No final do evento, o professor do Colégio Técnico da Universidade Rural (CTUR) de Seropédica, Marcelo Lobo Paes, demonstrou, na prática, como funcionam as técnicas de manejo de rebanhos com os cães da raça Border Collie. 

Marcelo Lobo é coordenador e organizador do projeto de extensão que acontece no CTUR intitulado “Manejo de rebanhos com cães de pastoreio”. A equipe do projeto consiste em alunos do Instituto de Floresta, Veterinária, Zootecnia, Agronomia e outros cursos vinculados à UFRRJ. 

 “Hoje o objetivo foi socializar, didaticamente, o público externo com o desenvolvimento do projeto cães de pastoreio da UFRRJ. A gente quer mostrar à comunidade do entorno o que nós fazemos, e aprender com eles o que podemos fazer para adequar o nosso trabalho à realidade dessas pessoas’’, afirma Marcelo. 

 As diferenças entre os cães de pastoreio, explicações de comportamento dos cães, informações sobre o adestramento dos animais e discussões sobre o mercado de cães adestrados foram o centro dos debates na Casa Amarela, próximo ao lago do IA. 

“Eu vim para aprender e poder aplicar esse conhecimento no meu trabalho, que envolve cavalos e cachorros. É importante para zelar pela segurança dos cachorros que tem lá e a dos cavalos também”, afirma Elizabeth Magalhães, formada em Zootecnia pela UFRRJ. 

 Ao final das palestras e práticas, alguns brindes foram distribuídos para quem acertasse questões relacionadas ao manejo de rebanhos e cães de pastoreio. 

 Para fazer parte do grupo de extensão, basta entrar em contato com o CTUR e conferir as inscrições. 

Texto: Matheus Mendonça. Fotos: João Pedro Bertolino. (estagiários da Coordenadoria de Comunicação Social – CCS, da UFRRJ) 

Estande do CCG/UFRRJ ensina como produzir a matéria-prima da cachaça com qualidade

Durante a Semana Rural 2023, um curso que despertou a curiosidade de quem passava pelo local foi o da produção da cachaça. O Câmpus de Campos de Goytacazes (CCG/UFRRJ) desenvolve o trabalho com outras nove universidades do Brasil, que têm um programa que visa ao melhoramento genético da cana-de-açúcar. 

O objetivo do estande era falar sobre a cana destinada para a cachaça. E, durante a conversa, o engenheiro agrônomo Giovane Leal de Souza Silva ensinou detalhes sobre essa planta, suas formas de cultivo e como funciona a produção. O agrônomo do CCG também apresentou a versatilidade de produtos que podem ser feitos a partir da matéria-prima. 

Texto: Carolina Domard. Fotos: Carolina Domard  e Gabriela Camargo (estagiárias da Coordenadoria de Comunicação Social – CCS, da UFRRJ) 

Mostra de Plantas Tóxicas expande caminhos para o conhecimento na Semana Rural 

A Semana Rural seguiu a todo vapor no seu quinto dia. Com a proposta de compartilhar conhecimento técnico e científico aos seus visitantes, foi apresentada no Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), a exposição Plantas Tóxicas: belas e perigosas. A iniciativa foi promovida pelo Departamento de Botânica (DB) e contou com amostras do Museu de Anatomia Patológica Carlos Tokarnia. 

Pilares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o ensino, a pesquisa e a extensão, são, também, as bases para a Semana Rural 2023. Pensando nisso, uma das iniciativas trazidas pelo Departamento de Botânica foi apresentar as plantas tóxicas à comunidade interna e externa. “A ideia é mostrar para a as pessoas o que são as plantas tóxicas”, destacou Verônica Moura, uma das coordenadoras de organização do projeto. 

Apesar de conviverem conosco em diversos lugares, as plantas tóxicas, muitas vezes, sequer são reconhecidas como perigosas. No entanto, quando ingeridas, inaladas ou até mesmo tocadas, em certos casos, podem desencadear reações alérgicas aos indivíduos que lidam com elas. 

Texto: Rafael Gutierrez. Foto: Matheus Mendonça (estagiários da Coordenadoria de Comunicação Social – CCS, da UFRRJ) 

Docentes do ICBS organizam oficina de tipagem sanguínea 

Participantes do evento puderam fazer o teste para estabelecer seu tipo sanguíneo e fator RH, enquanto ouviam explicações sobre o projeto: quem pode ser doador universal, quem é receptor, entre outros tópicos. Ter conhecimento sobre seu grupo sanguíneo é fundamental para situações como atendimento médico e transfusões de sangue.

A ação foi coordenada por docentes do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) e contou com a participação de residentes de Biologia. Michelle Clapp, professora do Departamento de Biologia Animal do ICBS e membro do programa de residência pedagógica, ressaltou que “essa é uma ação que une saúde e educação. A ideia é transmitir esse conhecimento e conscientizar as pessoas, pois muitos conhecem seu tipo sanguíneo, mas não possuem um documento que comprove isso” explicou. O programa de residênmcia pedagógica é coordenado pela professora Michelle e pelo professor Benjamin C. Teixeira Pinto, do Instituto de Educação (IE).

Os presentes receberam uma carteirinha com as principais informações pessoais e o respectivo tipo sanguíneo, carimbada pela profissional responsável, Luiza Matheus, bióloga e especialista em análises clínicas. Além disso, puderam aferir a pressão arterial e participar de sorteios de brindes no local.

Texto e fotos: Nicole Lopes (estagiária da Coordenadoria de Comunicação Social – CCS, da UFRRJ) 

Curso oferecido durante evento mostra cães como co-terapeutas na reabilitação de pessoas com deficiência

A terapia assistida por animais é uma ferramenta profissional, cientificamente comprovada, que utiliza animais como co-terapeutas na redução de alguns transtornos psicológicos como ansiedade, depressão e até mesmo dores causadas por algum tipo de deficiência.

A ideia do projeto surgiu em continuidade de ações de extensão no controle populacional de cães e gatos errantes da UFRRJ; assim, esses animais ganharam um novo propósito.

O convívio com animais desempenha um papel importante no relacionamento com as pessoas, melhorando a autoestima, diminuindo problemas cardiovasculares e auxiliando na redução do estresse e da pressão arterial em hipertensos. Além disso, a interação com os animais contribui significativamente para melhorar a interação social. O professor Marcelo Lobo Paes, do Colégio Técnico da Universidade Rural (CTUR), e a vice-diretora do Instituto de Zootecnia, Sabrina Grégio, também estão envolvidos no projeto.

O curso teve duração de 16h semanais e contou com a participação de 85 pessoas inscritas, entre eles estudantes de graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia, Engenharia Florestal, Licenciatura em Ciências Agrícolas, Agroecologia e munícipes de Seropédica (público externo).

Texto: Nicole Lopes (estagiária da Coordenadoria de Comunicação Social – CCS, da UFRRJ

Fotos: Prof. Rosana Colatino